Elevadores do Ministério

Entramos os três no elevador, Ambrose estava agitado e ainda não parecia ter esquecido à minha suposta '' falta de educação''. O assistente ainda estava vermelho e segurava veemente sua pasta roxa com a inicial M em grafias dourado ouro, na borda. Prócion, empertigou-se no elevador que não deveria mas parecia estar diminuindo. Uma música distante começou a tocar magicamente pelo elevador. E o velho Ambrose pigarreou alto, o que pareceu em um tom de deboche e então virou-se para mim. - Então, o que pretende fazer nessa ''coisa'' ? - Que ''coisa'', Ambrose ? Disse, firmemente olhando para o piso do elevador e fechando as pálpebras vagarosamente. - Ora, você sabe, não sabe, pra mudar o Ministério, é claro. Não pensam em continuar com isso que chamam de leis. Por que não pensam em continuar da forma como sempre esteve, pensam ? Prócion, virou-se lentamente para encarar o velho nos olhos e só então falou: - Ambrose, por favor, deixe à parte de administração com a gente, certo ?! O assistente soltou um chiado grave o que pareceu ser um riso contido. Foi a pior coisa que poderia ter acontecido, o velho olhou para ele e num instante estava com a bengala em mãos. Com uma energia juvenil ele saltou para cima do assistente. Vários papéis voaram para cima e desceram lentamente até o chão como se dançassem. No mesmo instante saquei a varinha, com um leve aceno da varinha à bengala se transformou em penas brancas com um ruído grave. - Ambrose onde está com a cabeça ? Disse guardando novamente a varinha do bolso e puxando o velho, que ainda relutava para brigar com rapaz.

 '' Isso está passando dos limites '' ! Ambrose havia se acalmado e agora estava acanhado ao canto do elevador resmungando que iria querer uma nova bengala. - Pode deixar, pode deixar, Ambrose você à terá. O assistente ainda estava recolhendo os documentos do chão e agora estava com um olho roxo, quase tão roxo quanto sua pasta. '' Isso não tem fim '' ? Pensei erguendo o olhar para a frente da cabine. Um tremor fraco quase imediatamente, aconteceu e as portas douradas se abriram para um corredor largo e com grossos tapetes, serpenteava até onde a vista podia alcançar e parecia que ainda continuava.